Omar Alani, avançado de 28 anos, que esta época representou o Botafogo Futebol Clube, foi uma agradável surpresa e um dos jogadores que mais se destacou no decorrer do campeonato.
As boas exibições feitas na equipa de Cabanas não passaram despercebidas ao seleccionador distrital, Rui Fonseca, que o chamou para representar a selecção na taça das regiões, e com os golos que ia marcando ao serviço do seu clube colocaram-no em segundo lugar na tabela dos melhores marcadores.
Na conversa que manteve connosco Omar Alani fez a avaliação do seu desempenho ao longo da época, da chamada à selecção, da luta pelos melhores marcadores, da sua passagem pelo Botafogo e deixou a incógnita sobre o seu futuro no futebol.
Em termos individuais esta época parece ter sido muito positiva. Que avaliação faz do seu desempenho ao longo da época?
Sim, foi certamente uma época positiva a nível individual, foi o colher do que cultivei nos anos anteriores desde o meu regresso ao futebol. Foram 5 épocas consecutivas em que me foquei no lado profissional/familiar deixando o futebol federado. Ter uma época como esta, pouco depois de voltar ao ativo, só me dá mais força para continuar a lutar pelos meus objetivos, nesta minha paixão que é o futebol.
A chamada à selecão distrital e o facto de ter ficado em segundo lugar na lista dos melhores marcadores foram factores importantes?
Sim, há coisas que inevitavelmente dão aso a outras. A chamada à seleção de Setúbal, fazer parte de um grupo tão repleto de qualidade, fez-me sentir muito valorizado pelo trabalho que estava a fazer pelo Botafogo e perceber que nunca é tarde para perseguir uma paixão. O segundo lugar na lista dos melhores marcadores foi consequência dessa motivação e confiança que me foi transmitida tanto na seleção de Setúbal como no Botafogo.
Alguma vez acreditou que poderia destronar o Gonçalo Dias? Sabia que seria difícil. Conheço o Dias muito bem e há poucos com a qualidade de finalização que ele possui, para mais fazendo parte de uma equipa como os Pescadores da Caparica muito bem orientada, que fez furor e dominou maioritariamente esta edição da prova. Mas com uma série de 9 golos em sete jogos nas últimas jornadas estava confiante que o pudesse fazer: De qualquer modo, o prémio de melhor marcador está muito bem entregue, só tenho de parabenizar o meu amigo por isso.
Marcar tão grande número de golos numa equipa que andava a lutar pela manutenção parece não ser tarefa fácil. Como foi possível isto acontecer?
Embora estivéssemos a lutar pela manutenção, o plantel do Botafogo tinha muita qualidade e tudo se torna mais fácil quando se está rodeado de bons jogadores e acima de tudo de grandes homens. Nunca baixámos os braços e levámos todos os jogos como mais uma oportunidade de fazer os cabanenses felizes. Foi esta a receita.
Esta foi a sua primeira época no Botafogo. Gostou?
Do nosso próprio Paulinho (roupeiro) aos meninos da formação, aos nossos veteranos, aos exímios fisioterapeutas, à carinhosa direcção, às equipas técnicas com que me deparei, à calorosa massa associativa e até aos meus queridos colegas, fui inundado de um apoio e apreciação incríveis. São pessoas que levarei para sempre comigo. Melhor seria impossível.
Suponho que já tenha recebido propostas de outros clubes. Já pensou sobre aquilo que vai ser o seu futuro como jogador?
De momento não tenho nada definido. Gostaria de continuar a crescer e como sempre acreditei que o trabalho e dedicação se sobrepõem ao talento, acredito não haver limites para o meu crescimento. Mas só o tempo dirá o que o futuro me guarda.
Há algo mais que queira referir?
Gostaria de agradecer a todos que me acompanham, prometendo continuar a trabalhar na próxima época para voltar a surpreender e ajudar os que me rodearem.