Na inauguração da delegação do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários em Setúbal, Paulo Gonçalves Marcos, presidente deste grupo sindical, destacou a importância de servir a dignificar profissionais
O Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) inaugurou em Setúbal uma nova delegação, na Avenida 5 de Outubro, nos números 146-148, com capacidade para receber 30 sócios em simultâneo.
Para o presidente do SNTQB, a nova delegação representa uma importante parceria para o distrito, através da sua acção sindical junto de cerca de 1 500 associados, com os seus serviços de assistência médica ou social (SAMS Quadros) e abrangendo perto de 3 000 beneficiários, através das suas actividades culturais, recreativas e desportivas.
Tendo em conta a missão do SNTQB, em “servir e dignificar estes profissionais”, Paulo Gonçalves Marcos destaca que, “é necessário estarmos próximo da sua realidade, para respondermos de forma eficaz às suas necessidades”.
A visão de um líder sobre um sindicalismo que ambiciona “moderno e interventivo”, sendo estes os motivos pelos quais, Paulo Gonçalves Marcos comenta a decisão do SNTQB em abrir uma delegação em Setúbal, “região que tem assistido a sucessivos encerramentos de balcões e estruturas de decisão bancárias”.
Novos desafios das instituições bancárias e profissionais
Em entrevista a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO, Paulo Gonçalves Marcos, reflecte também sobre os desafios das instituições bancárias representadas no concelho e na região da península de Setúbal, assim como os principais desafios dos seus profissionais.
Hoje, para o presidente, os desafios são de duas ordens. “Uma que é comum aos bancos de retalho na Europa e outra que pode ser intrínseca à região”.
O primeiro contexto diz respeito a “manter a relevância para clientes do novo milénio, mais digitais, menos habituados a deslocarem-se às agências bancárias”. Sendo que, “capitalizar na experiência e fiabilidade dos profissionais da banca é a pedra basilar para se construírem relações de confiança, em clientes que são multicanal e menos adeptos de presença física”.
No caso do distrito de Setúbal, Paulo Gonçalves Marcos destaca que, “os desafios passam por continuar a acompanhar e a perceber as necessidades das empresas, quer as exportadoras quer as de serviço de proximidade, servindo-as de forma ímpar e imbatível”. Considerando que, apenas desta forma “será possível manter a proximidade, o nível de emprego, o volume de crédito e os serviços de depósito e pagamentos actualmente existentes”.
Para os bancários o presidente do SNTQB afirma que “os desafios são também imensos”. Contexto em que considera esta profissão “uma das poucas sujeitas a uma política de formação e certificação intensa, como condição de manutenção das condições do seu exercício”. Contexto a que acresce, “a proliferação de produtos e serviços bancários, com o que isso implica de acervo de conhecimentos que têm de ser permanentemente adquiridos, coloca uma carga adicional em termos de estudo e formação, sobre a classe”.