O Estudo Impacte Ambiental sobre o novo terminal de contentores no Barreiro já foi entregue na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), anunciou o presidente da autarquia.
“O Estudo Impacte Ambiental foi entregue na APA e já está a decorrer o prazo que tem para avaliar o estudo. Depois haverá um espaço de discussão formal pública e posteriormente o governo está em condições de tomar uma decisão definitiva”, disse Carlos Humberto (PCP), presidente da Câmara do Barreiro.
O autarca defendeu que acredita que o projecto é mesmo para avançar.
“Já foi anunciado, no âmbito dos Planos do Desenvolvimento da Actividade Portuária no país, que o projecto do terminal no Barreiro é para concretizar, mas a partir dessa altura estamos em condições de preparar e lançar o concurso público internacional para esta obra”, defendeu.
Carlos Humberto anunciou ainda que a autarquia vai já iniciar, ainda durante o mês de Janeiro, um conjunto de debates sobre o novo terminal de contentores no Barreiro.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino garantiu, durante o encontro para apresentação da ‘Estratégia para o aumento da Competitividade Portuária 2017/2026′, que decorreu em Setúbal, a 16 de Janeiro, que ainda não há uma decisão definitiva do Governo sobre a construção daquela infraestrutura portuária, mas garantiu que, a ser construído, o futuro terminal não irá prejudicar a actividade do porto de Setúbal.
“Mesmo tendo em conta a eventual concorrência do novo terminal do Barreiro, o porto de Setúbal terá um crescimento de 60%. Sem o terminal [do Barreiro], porventura cresceria mais um pouco”, disse Ana Paula Vitorino.
Em Dezembro de 2016 foi anunciado que a Infraestruturas de Portugal vai avançar com um concurso para fazer um estudo sobre as acessibilidades rodoferroviárias ao terminal de contentores no Barreiro.
O estudo, orçado em 600 mil euros, tem um prazo de execução de 180 dias a partir do momento em que seja assinado o contrato com a entidade que ficar responsável por o efectuar.
O documento estará dividido em duas fases, avançando primeiro os levantamentos topográficos, o estudo de tráfego, estudo de viabilidade ambiental e o estudo de viabilidade, com o valor de 150 mil euros.
A segunda fase será para a prospecção geotécnica com o mapa de quantidades de geotecnia, o Estudo Prévio e o Estudo de Impacte Ambiental, com o valor de 450 mil euros.
O território da Baía do Tejo, no concelho do Barreiro (distrito de Setúbal), está a ser estudado como hipótese para receber o novo terminal de contentores de Lisboa.
O equipamento representa um investimento de cerca de 700 milhões de euros para uma área de contentores e multiusos, numa área logística de cerca de 400 hectares.
A plataforma multimodal inclui o terminal de contentores com capacidade para 2,7 milhões de teus (medida standard utilizada para calcular o volume de um contentor) por ano.