Artista setubalense distinguido como Melhor Artista Masculino e álbum “Afro Fado” recebe Prémio da Crítica
Slow J voltou a ser reconhecido a nível nacional após arrecadar mais dois prémios. O artista setubalense foi distinguido como Melhor Artista Masculino e recebeu o Prémio da Crítica pelo álbum “Afro Fado”, na 6.ª edição dos PLAY – Prémios da Música Portuguesa.
Em pleno Coliseu dos Recreios, o músico nascido na cidade do Sado foi quem conquistou mais distinções nesta cerimónia, tendo ultrapassado Ivandro, Pedro Mafama e T-Rex, levando para casa o prémio de Melhor Artista Masculino, votado pela Academia (um feito já conseguido em 2020). O artista também levou para casa o Prémio da Crítica, sendo que esta distinção foi atribuída pela imprensa, com jornalistas ligados à música a serem o júri, ao seu álbum “Afro Fado”.
Um dos maiores talentos de Setúbal da actualidade estava ainda nomeado para mais duas categorias, tendo a sua música ‘Where u @’ entre as escolhidas para Canção do Ano, onde ficou atrás de “Maria Joana”, música de Nuno Ribeiro, Calema e Mariza. Tinha também o seu álbum ‘Afro Fado’ entre as escolhas para Melhor Álbum, categoria onde foi ultrapassado por T-Rex, com o álbum “COR D’ÁGUA”.
Depois de lançar ‘The Art Of Slowing Down’, em 2017, e ‘You Are Forgiven’, em 2019, o músico setubalense de 31 anos editou um disco que bateu recordes no Spotify e outras plataformas nacionais de streaming.
Em menos de três meses depois da edição deste terceiro registo, ‘Afro Fado’ tornou-se o álbum português mais ouvido de sempre no Spotify. No primeiro dia após o lançamento, o disco entrou no top mundial de estreias da plataforma. ‘Afro Fado’ conta com produção de GOIAS, participação de Teresa Salgueiro (em Nascidos & Criados) e Gson (em Origami).
Existiram ainda mais artistas da região nomeados para várias categorias, com ‘A Garota Não’ a estar nomeada para Melhor Artista Feminina, distinção essa conquistada por Bárbara Bandeira. O mestre da guitarra portuguesa, António Chaínho, natural de Santiago do Cacém, que lançou, em 2023, o seu décimo disco de originais, teve o álbum “O Abraço da Guitarra” nomeado para Melhor Álbum de Fado, mas o prémio foi para o fadista Ricardo Ribeiro, com a obra “Terra que Vale o Céu”.
Revelados os 14 vencedores entre 50 nomeados
Na noite desta quinta-feira foram revelados os 14 vencedores, de entre 50 artistas nomeados, da 6.ª edição dos Prémios PLAY. LEO2745 foi o escolhido para Artista Revelação, enquanto “LAMENTOS” valeu ao pianista António Pinho Vargas o Melhor Álbum de Música Clássica/Erudita e o trabalho “Chromosome”, do baterista Mário Costa, foi coroado como Melhor Álbum Jazz.
Os Calema foram agraciados com o Prémio Melhor Grupo e o realizador André Caniços recebeu, com Pedro Mafama, o Melhor Videoclipe, por “Estrada”. Pelo primeiro ano a concurso, o Prémio Música Ligeira e Popular foi entregue ao grupo Sons do Minho pelo tema “Recomeçar”. Por outro lado, “Tá Ok” foi a música que garantiu ao funk dos brasileiros DENNIS, MC Kevin o Chris o passaporte para o Prémio Lusofonia. Já o Prémio Carreira foi concedido ao maestro Victorino D’Almeida pelos seus mais de 70 anos dedicados à composição e à divulgação da música clássica.