Luís Montenegro aponta que solução Alcochete gera efeitos “macro económicos” no Arco Ribeirinho Sul
Para Luís Montenegro, a decisão de fixar o novo aeroporto de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete vai criar uma “centralidade económica e social”. Durante o anúncio desta terça-feira da construção do novo aeroporto da região de Lisboa em Alcochete, o líder do Governo realçou que esta solução gera efeitos “macro económicos” no Arco Ribeirinho Sul.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu que a escolha de Alcochete irá fomentar “a capacidade intermodal” de todo o sistema de transportes. O Governo aprovou esta terça-feira a construção do novo aeroporto da região de Lisboa no Campo de Tiro de Alcochete, seguindo a recomendação da Comissão Técnica Independente (CTI).
“O Governo decidiu aprovar o desenvolvimento do novo aeroporto de Lisboa com vista à substituição integral do Aeroporto Humberto Delgado no Campo de Tiro de Alcochete e atribuir-lhe a denominação de Aeroporto Luís de Camões”, anunciou Luís Montenegro, numa declaração ao País, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros, na tarde desta terça-feira.
A CTI publicou no dia 11 de Março o relatório final da avaliação ambiental estratégica do novo aeroporto, mantendo a recomendação de uma solução única em Alcochete, a mais vantajosa, ou Vendas Novas.
Decisão tomada pelo governo anterior ganha força
Foi a 30 de Março do ano passado, no Conselho de Ministros, do Forte de Albarquel, integrado no roteiro “Governo + Próximo” dedicado ao Distrito de Setúbal, que foi aprovada a resolução que definiu o avanço com diversos projectos no Arco Ribeirinho Sul, sobretudo ao nível dos transportes.
Entretanto, após ser divulgado em Diário da República, ficou a ser conhecido que o valor de 3 milhões de euros será para o “novo terminal fluvial da Moita e reabilitação dos terminais fluviais de Cacilhas, Seixal, Barreiro e Montijo” e o calendário indica que o investimento começa em 2024 (636 mil euros), continua em 2025 (1,4 milhões) e termina em 2026 (1,1 milhões).
Até 2026, está destinado um total de 353 milhões de euros repartidos em duas áreas principais; 225 milhões para os projectos a desenvolver e 128 milhões para a descontaminação dos antigos solos industriais do Barreiro e Seixal.
Dos projectos a concretizar, o Governo atribui também 115 milhões ao futuro corredor verde, que vai ligar Almada a Alcochete em via pedonal, com jardins e cinco pequenos cais fluviais, 80 milhões de euros para as pontes Barreiro-Seixal e Barreiro Montijo, e 10,5 milhões para os estudos técnicos e de viabilidade financeira da extensão do Metro Sul do Tejo à Costa da Caparica e até Alcochete.
Além da construção de um passeio Arco Ribeirinho Sul, numa via junto ao rio, pedonal e ciclável, com estrutura verde e uma extensão de 38 quilómetros que ligará, sem interrupções, Almada a Alcochete, do reforço das condições de oferta de transporte fluvial e da expansão da operação do Metro Sul do Tejo a todos os concelhos do Arco Ribeirinho Sul, o projecto prevê ainda a criação de um Plano Geral de Mobilidade, a construção de habitação pública com arrendamento acessível e a criação de um novo Pólo de emprego qualificado que beneficie toda a Área Metropolitana de Lisboa.