Inês Oliveira e Miguel Russo com “orgulho muito grande” ao verem trabalho reconhecido através do prémio Dr. Santana Carlos
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa distinguiu, através do seu Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão (CMRA), Inês Oliveira e Miguel Russo, fisioterapeutas e estudantes de mestrado no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), com o Prémio Dr. Santana Carlos.
Quando recebeu o prémio, Inês Oliveira confessou sentir um “orgulho muito grande” ao ver o seu trabalho reconhecido. “Acreditamos que, desta forma, conseguiremos melhorar a vida dos nossos utentes, por irmos ao encontro das suas necessidades e objectivos, auxiliados pelas novas tecnologias, expertise clínica e método científico”, referiu a premiada Inês Oliveira.
Relativamente aos resultados apresentados, sob o título “Using Brain-Computer Interface and Virtual Reality for stroke rehabilitation: a Collaborative Design”, estes foram supervisionados pelas docentes Carla Mendes Pereira e Ana Isabel Almeida, no âmbito do mestrado em Prática Avançada de Fisioterapia em Neurologia, ministrado pela Escola Superior de Saúde (ESS), e por Athanasios Vourvopoulos, do Institute For Systems and Robotics (Universidade de Lisboa).
Entregue na cerimónia de encerramento das Jornadas Internacionais CMRA 2024, este prémio reconhece a “qualidade da comunicação” apresentada com base num estudo desenvolvido no âmbito do projecto NOISyS, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Este projecto pretende desenvolver um novo modelo para a “reabilitação do membro superior em pessoas com AVC”, com recurso a “tecnologias emergentes” baseadas na Realidade Virtual e Interfaces Cérebro-Computador, informa o IPS em nota de Imprensa.
Docente distinguido por investigação na área da Biomecânica
Além dos estudantes, também os docentes do politécnico sadino são distinguidos pelo seu trabalho. No caso foi André Castro, docente do IPS, que recebeu o Prémio Jovem Investigador Prof. João Martins, atribuído pela Associação Portuguesa de Mecânica Teórica, Aplicada e Computacional (APMTAC).
O docente explicou que o seu trabalho ao longo dos últimos anos, e que “está na origem deste prémio”, foca-se na “caracterização de tecidos biológicos, os casos do osso ou da cartilagem, e no desenvolvimento de dispositivos médicos”, de que são exemplo as “próteses ou outros implantes”, explica. O engenheiro biomédico salientou ainda o contributo dos métodos computacionais “para se chegar mais rápido e de forma mais eficiente a soluções optimizadas, de acordo com as propriedades mecânicas dos tecidos afectados e das características de cada paciente”.
Este galardão distingue um percurso de investigação dedicado ao domínio alargado da Mecânica e muito particularmente à área da Biomecânica Computacional, um tópico em que tem “concentrado o trabalho nestes anos”, refere o investigador, reconhecendo que o impacto deste prémio “será essencialmente a nível da motivação para continuar”.
André Castro é actualmente professor adjunto na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (EST Setúbal), integrando o Departamento de Engenharia Mecânica, onde desempenha também as funções de coordenador da licenciatura em Engenharia Mecânica.