O Quintajense já assumiu o erro mas diz que nunca foi alertado pela AF Setúbal, apesar do campeonato se encontrar já na segunda volta. Por analogia com o que acontece no futebol feminino, o clube partiu do princípio que as regas fossem idênticas…
O Setubalense – Diário da Região teve conhecimento que o Águas de Moura protestou o jogo que disputou no dia 3 de Fevereiro com o Quintajense, no campo Leonel Martins, relativo à 14.ª jornada do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão – Série A, que terminou empatado (0-0).
De acordo com a nossa fonte de informação as razões têm a ver com o facto do jogo se ter realizado sem a presença das forças de segurança, mesmo depois do árbitro ter sido alertado para isso, persistindo a dúvida se a ocorrência foi ou não mencionada pela equipa de arbitragem em relatório e se este foi devidamente analisado pelos serviços competentes.
Perante esta situação entrámos em contacto com o Quintajense na tentativa de saber mais pormenores, que foram devidamente esclarecidos pela directora para o futebol sénior masculino, Elvira Contente.
“Há nove anos que não tínhamos uma equipa sénior masculina na AF Setúbal e, por analogia ao que acontece no campeonato nacional de seniores e juniores femininos, em que não é obrigatório policiamento, a não ser em jogos de risco, partimos do princípio que nos campeonatos de seniores da AF Setúbal as regras fossem idênticas”.
“Nunca fomos alertados por ninguém”
“Pelos vistos estávamos errados”, conta a directora do Quintajense, “já admitimos isso, mas a verdade é que estamos na segunda volta do campeonato e a AF Setúbal nunca nos alertou para o facto, a não ser agora com o protesto do Águas de Moura. A partir de agora vamos ter que cumprir as regras e muito possivelmente contratar uma empresa de segurança. Mas, volto a dizer, não o fizemos por não querer fazer mas sim por analogia com o que se passa nas competições nacionais femininas”.
Elvira Contente é da opinião que “a AFS deveria rever esta situação porque os clubes estão quase todos em dificuldades económicas e com o policiamento, ou empresas de segurança, ainda ficam em piores situações. No nosso caso, entrámos com esta equipa no campeonato para dar continuidade aos juniores e isto acaba por penalizar os clubes formadores”.
“Não houve qualquer incidente”
“Acho engraçado o Águas de Moura ter protestado o jogo porque não houve qualquer incidente e nada que justificasse o policiamento. É evidente que só o fez porque perdeu pontos quando pensava que era favas contadas. Nós o que queremos é praticar desporto e se tivermos que ganhar gostamos de o fazer dentro de campo como demonstrámos no jogo com o Cercalense em que acedemos repetir o jogo quando o podíamos ter ganho na secretaria”, realçou a directora para o futebol sénior masculino do Quintajense, Elvira Contente.
Seja como for, uma coisa é certa, este é um caso que está a agitar a competição e em especial os clubes envolvidos na luta pelo apuramento para a segunda fase, como é o caso do Águas de Moura que se encontra actualmente em 3.º lugar.