Em dia de inauguração do novo Mercado do Rio Azul, o vereador Manuel Pisco, defendeu um projecto que considera ser fruto da descentralização, pelo empenho da União das Freguesias de Setúbal
Em ambiente de celebração o Mercado do Rio Azul foi inaugurado depois de dois anos em obras, com um projecto renovado.
Uma obra apresentada pelo vereador Manuel Pisco como “um trabalho de parceria institucional louvável de referir, entre a União das Freguesias de Setúbal, a APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra e com a colaboração da Câmara Municipal”.
Entidades sobre as quais o vereador destacou a teima em “oferecer um espaço qualificado, com boas condições sanitárias”, preparado para ser “um bom complemente ao Mercado do Livramento”. Aliás, no parecer de Manuel Pisco, “o mercado do Rio Azul vai fazer certamente uma boa equipa com o Mercado do Livramento”.
Sobre o desenvolvimento do projecto que, ao longo de dois anos gerou controvérsia na cidade pelos atrasos consecutivos na execução da obra e pelo aumento do investimento, inicialmente previsto em cerca de 30 mil euros e hoje com um resultado final que ultrapassa os 300 mil euros, Manuel Pisco questionou o público: “fruto do quê?”.
“O Mercado do Rio Azul é fruto daquilo que discutimos ontem mesmo em Assembleia Municipal. Furto da descentralização e da cooperação entre as autarquias”.
Um trabalho que “a União de Freguesias decidiu fazer quando não é uma competência própria directa. Não se lhe exigia, mas teimou e fez”.
Já o presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, assumiu este projecto como um sonho concretizado. “Quando sonhamos a melhor coisa que fazemos não é acordar com o sonho. É concretizá-lo”.
O autarca destacou ainda que, “este não era um sonho só deste executivo da junta, não apenas dos actuais comerciantes e dos utentes deste mercado. Este é um sonho com décadas, que seguia sem solução”.
Sobre os desafios deste percurso Rui Canas assume, “não foi fácil, talvez tenha sido até a tarefa mais difícil que esta junta já se comprometeu a fazer”, representando “um desafio em todos os níveis, técnico, de capacidade humana, logística, de negociação”.
No resultado final Rui Canas destacou a dignificação da cidade. “Penso que hoje o espaço que aqui temos é um espaço que qualifica e dignifica a cidade”.
Momentos do projecto em destaque
Rui Canas destacou como momentos principais deste projecto “ a intervenção da APSS [entidade proprietária do espaço] na reparação do telhado e dos algerozes, assim como a pintura exterior”. O papel fundamental da APSS foi também referido pelo autarca na criação das infraestruturas de esgotos, “que neste momento estão ligadas à rede pública”.
Outro momento destacado por Rui Canas foi “a cooperação fundamental dos comerciantes”, assume Rui Canas, destacando a importância da moderação durante todo o processo, assim como, “o interesse que sempre demonstraram para ultrapassarem a fase do mercado alternativo, que funcionava com condições muito precárias”.
Finalmente, o presidente da União das Freguesias de Setúbal destacou a importância da vontade política. “A vontade política do executivo que aprovou sempre os orçamentos necessários para que a obra fosse possível concretizar. E a vontade dos trabalhadores da junta, desde os serviços administrativos, aos serviços operacionais. Sem este empenho não seria possível ter um mercado renovado, cujo investimento total ascende os 300 mil euros”
“Zé do Anzol” feliz com novo mercado
A figura carismática “Zé do Anzol”, caricatura do típico pescador setubalense, marcou presença nos momentos de animação que pautaram a inauguração do Mercado do Rio Azul. Em declarações a O SETUBALENSE-DIÁRIO DA REGIÃO, este pescador bem conhecido de todos, fez questão de parabenizar Setúbal “por este novo e maravilhosos espaço, que vai trazer mais dignidade aos comerciantes e aos pescadores”.
Sobre o tempo de demora na conclusão da obra “Zé do Anzol” conclui “demorou o tempo que era necessário. O mais importante é que temos aqui um espaço extraoridinário”.
Fotos: Alex Gaspar