1 Maio 2024, Quarta-feira
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No Alentejo jogou-se a paixão de um dérbi

Enquanto em Setúbal os verdes do Vitória levaram a melhor sobre os azuis de Belém, em Évora foram os de azul que ganharam

 

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Um Lusitano – Juventude é um jogo que «excede» as fronteiras do distrito e da região, haverá certamente poucos dérbis no país, que sejam protagonizados por duas equipas centenárias, e que tenham para contar tanta história. Passando pelas terras do Sado, de onde tantos e fantásticos jogadores são oriundos, até às «pontas» do nosso país, todos terão uma história para contar sobre o eterno derby eborense. Entre muitos outros bem o simbolizava o saudoso Dinis Vital que tantas alegrias nos deu.

A tudo a que um dérbi desta natureza envolve acresce a possibilidade de este ter sido o último jogado no velhinho Campo Estrela, o quarto mais antigo do país em atividade. Brevemente o Campo Estrela vai mudar de lugar e uma nova página se inicia nos 111 anos de história do Lusitano. Curiosamente também o Estádio Sanches de Miranda, a casa do Juventude, vai mudar para outro lado da cidade.

Foi com este espírito e numa tarde de domingo chuvosa, que o mítico Campo Estrela encheu para receber os dois rivais de Évora num jogo em que as duas equipas entravam separadas apenas por três pontos. Ambiente fervoroso nas bancadas a fazer lembrar os grandes jogos do passado.

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A partida iniciou-se com as duas equipas a querem impor o seu jogo e a quererem marcar posição; o Juventude apresentou-se com um meio-campo mais musculado e foi paulatinamente ganhando o domínio do jogo no primeiro tempo, onde com computo geral esteve por cima, mesmo sem que isso se tenha traduzido num domínio avassalador, numa primeira parte combativa e com poucas chances de golo, o Juventude chegou à vantagem aos 18 minutos por intermédio de Matsimbe.

o Lusitano de imediato tentou reagir, chegando mesmo a criar um par de ocasiões de golo que foram esbatidas por duas manchas bem feitas de Lucas; o Juventude conseguiu manter a vantagem até ao intervalo, nuns primeiros 45 minutos com sinal mais para o Juventude.

O segundo tempo iniciou-se com o Lusitano a tentar virar a sorte no jogo, a desvantagem que vinha do primeiro tempo a isso obrigava, viu-se por um Lusitano com mais posse, mais acutilante, mas ainda assim sem conseguir materializar em ocasiões que voltassem a colocar o placard nivelado; as poucas ocasiões que foi sendo capaz de criar esbarraram sempre nas defesas de Lucas, que foi ajudando o Juventude a segurar a vantagem de um golo. Ao minuto 65 o Juventude vê Carlos Pereira ser expulso, e em função disso vê-se forçado a jogar os últimos 25 minutos da partida com 10 jogadores. A partir daqui o jogo pese embora não tenha sido de sentido único, esteve essencialmente concentrado no meio-campo ofensivo do Lusitano, que tentou aproveitar a vantagem numérica; ainda assim não mostrou capacidade para que esse fator se fizesse notar.

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Final da partida em Évora; num jogo sem grandes oportunidades de golo e principalmente disputado a meio-campo, onde o Juventude se soube superiorizar. Pese embora o equilíbrio que se foi notando ao longo do jogo, foi no detalhe que esteve a chave para desbloquear a partida, tendo o Juventude sido eficaz nesse capítulo, ganhou quem marcou.

A Série D do Campeonato de Portugal está ao rubro com o Atlético em primeiro lugar com 42 pontos e seguem-no três equipas, Lusitano, Rabo de Peixe e Juventude com 38, há campeonato até ao fim.

António Vieira

 

Ficha do jogo

Lusitano: Djaló (GR), Léo Dias, Alemão, João Mendes, Edu Vieira, Ibrahim, Farinha, Yuri, Miranda, Gui Ribeiro e Charles.

Suplentes: Semedo (GR), Mamade Fernandes, Mohamet, Martelo, Ossai, Esporeta, Barreto, Rúben Freire e Adjakson.

Substituições: Mohamet por Miranda aos 45’, Edu Vieira por Ossai aos 45’, Gui Ribeiro por Rúben Freire aos 68’, Alemão por Mamade aos 68’ e Chrles por Adjakson aos 90’.

Treinador: João Nívea

 

Juventude: Lucas (GR), Welisson, Carlos Pereira, Tomás Lima, João Coelho, João Delgado, Esio, Marcos Soares, Matsimbe, Juah e Gonçalo Batista.

Suplentes: Miguel Baptista, Rivaldo, Pranke, Arilton, Antony, Caceres, Francisco Ganço, Petterson (GR), e Caio.

Substituições: Gonçalo Batista por Pranke aos 68’, João Delgado por Antony aos 80’ e João Coelho por Arilton aos 90’.

Treinador: Pedro Russiano

 

Disciplina:

Amarelos- Matsimbe (6’), Tomás Lima (15’), Miranda (23’) e Lucas (90’).

Vermelhos- Carlos Pereira (65’)

 

Golos:

Matsimbe (18’)

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