9 Agosto 2024, Sexta-feira

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Cinquenta anos fazem festa acrescida, mas também alertam para mais responsabilidade

Cinquenta anos fazem festa acrescida, mas também alertam para mais responsabilidade

Cinquenta anos fazem festa acrescida, mas também alertam para mais responsabilidade

Exposições, concertos, teatro, cinema, encontros, oficinas criativas, actividades desportivas e visitas

As comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 no concelho de Almada incluiram a programação das muitas iniciativas que decorreram, e vão continuar, pelo menos, até ao início de 2025. A última acção prevista no programa desenhado pela Câmara Municipal é a exposição “Filhos do Meio” – Hip Hop à Margem, a ser inaugurada a 26 de Outubro no Museu de Almada – Casa da Cidade, e que pode ser vista até 29 de Março do próximo ano.

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As exposições foram mesmo um dos capítulos com mais impacto das muitas iniciativas que percorreram as várias freguesias do concelho, principalmente a mostra de fotografias de Alfredo Cunha “25 de Abril de 1974, Quinta-feira”. Patente na Casa da Cidade, na Cova da Piedade, esta mostra faz uma viagem por dentro dos tempos da Revolução dos Cravos, e pode ser visitada até 28 de Setembro.

Em 56 fotografias, Alfredo Cunha, que se destacou como fotógrafo do dia da revolução, e meses seguintes, ‘revela’ algumas das imagens mais memoráveis de quando as portas da Liberdade e Democracia se abriram a Portugal. Entre os heróis daquele dia, o fotógrafo captou também gente anónima e permite ao público ‘chegar perto’ das convulsões de um País em transformação acelerada.

Importante foi também a exposição “Portais do Tempo”, onde sete artistas da primeira geração que viveu o 25 de Abril de 1974 dialogaram e reflectiram sobre fotografias do espólio de Alfredo Cunha. Uma mostra que terminou a 13 de Julho, e esteve durante cinco meses nos antigos estaleiros da Lisnave, em Cacilhas.

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Obrigatória é ainda a exposição itinerante “O arquivo sai à rua: 50 anos de Abril”, que vai percorrer, de Setembro a Dezembro, as escolas do concelho.

Num programa que integra ainda concertos, teatro, cinema, encontros, oficinas criativas, actividades desportivas e visitas, o mês forte foi mesmo Abril, com o Dia da Revolução dos Cravos a ser celebrado com uma cerimónia na Praça S. João Baptista, no centro da cidade de Almada, organizada pelas juntas e uniões de freguesias do concelho. Na noite de 24 de Abril, como sempre, houve festa para receber a madrugada da Liberdade, este ano com Dino D’Santiago e Convidados num palco montado na Praça da Liberdade onde estiveram horas antes Batukadeiras Madame X, Tristany, Orquestra Geração e Virgul.

Sobre os 50 anos do 25 de Abril, a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, deixou a mensagem: “Este ano é uma festa acrescida, por serem 50 anos mas, também, uma responsabilidade. Está na altura de pensarmos bem o que é que celebramos quando celebramos Abril. Celebramos a Liberdade, o fim da ditadura, reconhecemos os valores de todos aqueles que lutaram ao longo dos anos para que esta Liberdade chegasse, celebramos o fim da guerra colonial, mas celebramos também os 50 anos de extraordinário progresso do nosso país, graças à democracia”.

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Depois, num alerta, vincou que a democracia conquistada “não é um dado adquirido, a democracia faz-se todos os dias por todos nós. A democracia que garante a justiça e a igualdade de oportunidades para todos”.

Com um Agosto sem actividades, o programa regressa a 7 de Setembro com a “Oficinas em Abril Asas Mil”, no Solar dos Zagallos para crianças dos 6 aos 10 anos. A 14 de Setembro, no mesmo espaço e também para as crianças, o desafio é “Faz os teus cartazes e postais de Abril”, e ainda o colóquio “Liberdade, podemos fazer aquilo que queremos?”. Dia 21, no mesmo espaço de cultura e para as crianças, o tema é “O tal local”. Ainda a 7 de Setembro, a Galeria Municipal de Arte abriga a exposição “Uma Pancada nos Olhos Faz Ver”, do grupo Olho.

A 20 de Setembro, a Sociedade Filarmónica Incrível Almadense recebe, no Salão de Festas, o espectáculo “canções que fizeram Abril”.

De 21 de Setembro até 9 de Fevereiro de 2025 pode ser visitada a exposição de Catarina Botelho “O Ponto Morto do Espelho Retrovisor”, na Galeria Municipal de Arte.

Logo a 1 de Outubro, o auditório Fernando Lopes Graça, no Fórum Almada, recebe o “1.º Encontro de Arquivos da Área Metropolitana de Lisboa”. No mesmo dia, a Biblioteca Central de Almada, também no Fórum Municipal, acontece a apresentação do boletim de fontes documentais “Almada na História”, numa edição dedicada ao 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

Sempre com as comemorações de Abril no ‘olhar’, o público assistiu ainda a momentos icónicos no concelho como o “Festival de Almada”, o “Festival Internacional de Música dos Capuchos”, o “Festival Cantar Abril”, o encontro “Laboratório da Democracia”, a “XXVII Festa Jovem”, e houve ainda muito mais, como a homenagem da Câmara Municipal a 50 cidadãos de Almada que se distinguiram pelo seu contributo no caminho da Liberdade e desenvolvimento do concelho.

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