5 Maio 2024, Domingo
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Álvaro Amaro garante que Abril é um legado que “nunca será esgotado”

Autarca de Palmela assegura que melhor forma de manter vivos os valores de Abril é com uma “permanente aposta” na formação integral do indivíduo

 

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Entre palavras de luta e de memória, deixando críticas ao crescimento das forças da extrema-direita, Álvaro Amaro celebrou o cinquentenário do “momento mais transformador da história recente”.

“Abril é um legado que nunca estará esgotado”. Foi esta a garantida dada por Álvaro Amaro, que assegura que serão sempre honrados os resistentes antifascistas e o povo que “lutou pela nossa liberdade”.

Discursando na sessão solene da Assembleia Municipal de Palmela, evocativa do 50.ª aniversário do 25 de Abril de 1974, o presidente da Câmara Municipal de Palmela destacou que a melhor forma de “manter vivos” os “valores de Abril” é através de uma “permanente aposta” na formação integral do indivíduo, considerando que esse trabalho está a ser desenvolvido no município que lidera e que acredita que estão a trazer ao território “resultados muito positivos”.

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Nesta quinta-feira, no Cineteatro S. João, em Palmela, e perante uma sala praticamente esgotada, o autarca enalteceu o meio século de vivência em democracia e em liberdade, de “construção colectiva e desenvolvimento”, num País onde “tudo estava por fazer em matéria de desenvolvimento social e humano”.

Para Álvaro Amaro é da “maior importância” manter vivas e partilhar as memórias de 25 de Abril de 1974. O edil palmelense elogiou os portugueses por serem capazes de dar o exemplo ao mundo, através de um “golpe de Estado que alinhou os militares e que permitiu ao povo transformá-lo numa grande revolução”.

“Grândola Vila Morena é hoje um símbolo internacional de esperança, de fortaleza, de paz, que une corações e vontades muito além das palavras”, realçou.

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No entender de Álvaro Amaro, os valores de Abril só se consolidaram na Constituição da República Portuguesa e na sociedade porque houve um “amplo movimento popular”, com a intervenção dos mais diversos sectores, através da “democracia directa e participativa, na organização do Estado e das empresas, da luta das grandes reivindicações de classe”, elucidou.

“A melhor arma ao nosso alcance será a permanente aposta na formação integral do indivíduo. Um trabalho que estamos a desenvolver em Palmela e que creio que trouxe ao nosso território resultados muito positivos”, elogiou o autarca, acrescentando que “hoje, como ontem”, mantém a convicção de que a solução para seguir em frente reside no “trabalho conjunto” para objectivos “muito concretos”, mas “honrando sempre a palavra dada”, garantindo ainda que deixar a democracia bem vista é “cumprir os compromissos”.

No seu discurso, o autarca analisou os primeiros resultados de um estudo de 50 anos de Democracia em Portugal, elaborado pelo Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Universidade de Lisboa, uma vez que esta análise aponta que é entre a população jovem que as consequências do 25 de Abril são mais valorizadas.

Mostrando-se atento ao crescimento da extrema-direita em Portugal, o autarca sublinhou a importância de “estar atento” ao regresso dos “discursos retrógrados, de ódio, de violência, de negacionismo e da apetência pelo militarismo”. Para Álvaro Amaro deve-se sempre pensar numa “lógica constitucional de serviço aos cidadãos e à cidadania”.

O líder autárquico mostrou-se peremptório e sublinhou que nunca se esquecerá, nem calará perante a repressão, a censura, a violência, a desigualdade social e a discriminação das mulheres.

 

Cerimónia com espaço para música e poesia

O cinquentenário de Abril em Palmela começou com música, ao som do hino antifascista “Grândola Vila Morena”, tocado pela Banda da Sociedade Filarmónica Humanitária de Palmela, em frente ao Cineteatro S. João, perante mais de meia centena de pessoas.

Após a entrada dos convidados e da população na sala, houve espaço para a leitura de poemas relacionados com a liberdade, música e teatro com mulheres dos 7 aos 70 anos.

Depois da cultura veio a política, com a abertura da sessão da Assembleia Municipal, liderada por José Carlos Matias de Sousa, presidente da Assembleia Municipal. Seguiram-se as intervenções dos membros dos vários partidos representados, com Tânia Ramos pelo Bloco de Esquerda, Cláudia Estevão do Chega, sendo de realçar que quando esta foi chamada ao púlpito foram várias as pessoas que abandonaram a sala. Fizeram também uso da palavra Carlos Vitorino, do PSD, Diamantino Pereira, do MCCP, Patrícia Valente, do PS, e Érica Ribeirinha, da CDU.

Quem também foi convidado a discursar foi o Comandante Roberto Figueiredo Robles, sócio fundador da Associação 25 de Abril, que na sua intervenção realçou que Portugal só poderá ser um País pequeno se for submisso e sublinhando o “privilégio” de viver em democracia, considerando ainda assim que a mesma esteja “fragilizada”.

A cerimónia terminou com a interpretação de “Grândola Vila Morena”, pelas vozes do coro infantil do Bairro Alentejano / Coral 1.º Maio, seguido do Hino Nacional. Após o término da cerimónia houve então lugar para o moscatel de honra, já no Largo de S. João.

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